Domingo

10 de Setembro

08h00 -

Salva de Morteiros

08h30 -

Zés Pereiras, gaiteiros, gigantones e cabeçudos
Largo de Camões

09h00 -

Concertos Bandas de Música
Largo de Camões (concertos durante todo o dia e noite)
  • Banda Marcial de Fermentelos (Águeda)
  • Banda Musical da Casa do Povo de Tangil (Monção)

12h15 -

Concentração de Zé Pereiras e Gigantones
Largo de Camões
Magnífica expressão da arte de ribombar. Os executantes empenham-se com toda a sua raça e energia. O público empolga-se e aplaude, levando ao rubro o espírito popular da festa.

15h30 -

1 - D. Henrique e Dona Teresa
Vila da Correlhã (1097)
É comummente aceite que D. Henrique da Borgonha e D. Teresa de Leão casaram no ano de 1096, recebendo o Condado Portucalense para governar das mãos de Afonso VI de Leão e Castela. No entanto, existem várias incertezas sobre a data e a causa do casamento bem como sobre a idade com que poderia ter casado a infanta. Talvez tivesse sete ou oito anos, um pouco mais, um pouco menos. Nestes casos, quando uma esposa era menor de idade, costumava ir viver para casa do marido, ao cuidado dos seus parentes, até ao momento da consumação. Dado que a família do conde estava fora do reino, é possível que D. Teresa permanecesse sob a custódia de alguém que merecesse a confiança do esposo, possivelmente no seio da corte (talvez Soeiro Mendes da Maia e sua mulher Gontrode Moniz), pois a partir do seu casamento, durante os primeiros anos, Teresa aparecerá sempre a seu lado nos documentos que este confirma com o rei. Foi neste contexto político e familiar que surgiu a passagem dos Condes, em peregrinação a Santiago de Compostela, pela vila da Correlhã, datada de um documento de 9 de dezembro de 1097, em que confirmam a doação desta vila à mesma Sé Apostólica.
2 - D. Afonso Henriques
O Fundador (1134 a 1140)
D. Afonso Henriques, após a tomada do poder em 1128, prosseguiu uma política de confrontações armadas para alargar o território do Condado Portucalense. As campanhas militares que vai dirigir, sobretudo na Galiza, vão ser guerras feudais motivadas por conflitos de vassalagem, fidelidade e de soberania. Não há dúvidas de que D. Afonso Henriques pretendia alargar a fronteira de Portugal para além dos rios Lima e Minho (pretendeu dominar os condados do sul da Galiza – Límia e de Toroño). No período de 1134 a 1140, as suas tentativas nesse sentido pareciam estar associadas a compromissos feudais estabelecidos com os dois condes, cuja vassalagem o rei de Portugal provavelmente queria confirmar. Apesar de não encontrarmos nenhuma referência explicita à presença de D. Afonso Henriques em Ponte de Lima, é muito possível que nas inúmeras investidas na Galiza, em especial nos condados de Límia e de Toroño, o primeiro rei de Portugal possa ter passado e/ou permanecido uma ou várias vezes (?) em terras de Ponte de Lima.
3 - Lenda da Cabração
Da eventual passagem de D. Afonso Henriques por terras limianas ficou a lenda da Cabração, que, como acontece muitas vezes nas lendas a respeito de personagens históricos, tem um fundo de verdade… Pode encontrar-se uma eventual ligação da narrativa da lenda com as sucessivas guerras feudais e de alargamento do território português efetuadas pelo primeiro rei de Portugal junto das fronteiras da Galiza. De acordo com essa lenda, após o recontro do Rêgo do Azar, andava D. Afonso Henriques e seus pares na caça do javali e do urso quando foram presenteados com uma refeição que o capelão do mosteiro de Vitorino das Donas lhes fez chegar. O repasto era apetitoso, e o rei gracejava com os homens bons que o acompanhavam... Subitamente, um dos membros que acompanhava D. Afonso, erguendo-se em sobressalto, aponta ao longe, para as bandas da fronteira, vislumbrando um turbilhão de pó que se aproximava, pensando serem inimigos. D. Afonso interrompe a refeição e todos se preparam para montar e cavalgar na direção da nuvem de pó. Apenas o capelão, que havia ofertado o repasto, se manteve impávido, continuando a sua refeição. “Cabras são, Senhor, comei descansado”, afirmou o capelão, rindo para o rei
4 - D. Afonso III
A Corte do “Bolonhês” em Ponte de Lima (1248)
Os documentos que nos permitem cartografar as deambulações pelo país de D. Afonso III deixam entrever a constituição da sua corte. Acompanhavam-no, para além dos membros da família régia, alguns representantes da mais alta hierarquia civil e eclesiástica, geralmente 8 ricos-homens e 8 prelados; um segundo grupo constituído por membros da comitiva cavaleiresca do monarca e alguns clérigos, nalguns casos com um já longo tempo de vida em comum e de companheirismo alimentado desde a sua juventude, muitas vezes chamados privados e/ou conselheiros; um outro núcleo ligado a diferentes cargos político-administrativos, onde se incluíam juízes, notários, porteiros ou tesoureiros; e um último e vasto conjunto de funcionários da casa régia, que cuidava de todos os preparativos relacionados com as deslocações, da mesa do rei, do tratamento dos cavalos, da atividade da caça e de outros aspetos ligados à manutenção da corte. A historiadora Iria Gonçalves, a propósito precisamente de uma das viagens deste monarca ao Entre Douro e Minho (onde contemplou a visita a Ponte de Lima), apontou para uma comitiva que ultrapassaria os 400 indivíduos. Entre 1248 e 1256, D. Afonso III percorreu freneticamente o Reino, fosse para se mostrar e calar possíveis resistências, fosse para tomar posse efetiva do território que lhe competia governar. É neste contexto inicial de itinerância que o vamos encontrar em Guimarães, onde permanece com a sua corte entre março e maio e, a 9 desse mês, encontramo-lo a estanciar em Ponte de Lima, concedendo carta de proteção ao mosteiro de Miranda (concelho dos Arcos de Valdevez)
5 - D. João I
Mestre de Avis – “O Rei da Boa Memória” (1385)
A vinda de D. João I a Ponte de Lima reveste-se de caraterísticas muito especiais, pois ocorre no contexto da crise dinástica de 1383/1385, com um país dividido entre a obediência à filha legítima de D. Fernando e herdeira do trono (D. Beatriz), mas casada com o rei de Leão e Castela, também chamado D. João I, e os apoiantes de D. João, Mestre de Avis. Após a realização das Cortes de Coimbra, em abril de 1385, e a aclamação de D. João I como rei de Portugal, era altura de partir para a ação e tomar as terras que ainda tinham “tomado voz por Castela”. É no contexto desta conflagração militar que a presença de D. João I fica registada na História de Ponte de Lima. A vila estava bem protegida com as suas doze torres devidamente equipadas e com vigias e as portas reforçadas com pedras. Por sua vez, o seu fronteiro, Lopo Gomes de Lira, rodeava-se de bons escudeiros, besteiros e homens de pé, que se empenhavam em resistir. Só a colaboração de um escudeiro da vila (Estevão Rodrigues Malheiro) que enganou os porteiros e deu entrada à hoste portuguesa, que logo deitou fogo às torres, apanhando os seus homens desprevenidos, facilitou a missão ofensiva. A vila acabará por ser conquistada, ainda no 34 mês de maio de 1385, intervindo no feito o rei e o Condestável, D. Nuno Álvares Pereira, com os seus homens de armas. Ficou célebre o episódio do cerco, com a retirada da mulher de Lopo Gomes de Lira, Teresa Gomes de Abreu, “que amdava prenhe”, e de seus filhos, que foram retirados da vila “per cordas em huu çesto”…
6 - D. Afonso V
“O Africano” (1462)
Um traço marcante do reinado de D. Afonso V foi sem dúvida a sua itinerância e as viagens dentro e fora do país. De acordo com o historiador Saul António Gomes, o seu longo reinado permite-lhe ficar com o título de ter sido o rei mais viajado e “europeu” da Idade Média Portuguesa. Também de acordo com o mesmo autor, D. Afonso V terá percorrido todas as províncias do reino. Terá sido numa dessas itinerâncias pelo reino que o rei visitou a vila de Ponte de Lima entre 7 e 9 de julho de 1462. A tradição cronística portuguesa é quase unânime em considerar Afonso V um monarca culto e apreciador das letras e das artes, escrevendo fluentemente e sendo dotado de perfeita eloquência e um bom domínio da leitura. Era comum a leitura pública realizada na corte por letrados/leitores profissionais. Também o gosto do rei pela música está patente nos numerosos músicos e charamelas de câmara e de cerimónia que mantinha, acompanhando estes o rei nas suas saídas públicas. Ficaram famosas as referências aos trompetistas do rei de Portugal. Outra área específica era a das fanfarras militares, a qual tinha instrumentistas, sobretudo de sopro e de percussão. Fazia-se acompanhar, nas suas deambulações pelo reino, de todo este aparato, que com certeza, também acompanharam o rei na sua deslocação a Ponte de Lima.
7 - D. Manuel I
“O Venturoso” (1502)
No final do verão de 1502, o rei D. Manuel I tomou uma decisão pouco comum e ausentou-se da corte durante uns dois meses, acompanhado apenas de um grupo muito restrito. O motivo desta saída foi a realização de uma peregrinação a Santiago de Compostela. O cronista Damião de Góis, na sua Chronica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel, justifica a decisão da viagem até à Galiza como uma das ações de D. Manuel I para agradecer a Deus o sucesso das armadas da Índia. O historiador João Paulo Oliveira e Costa, na sua obra biográfica sobre o rei, defende como razão principal da sua peregrinação o pedido de ajuda divina para a realização de uma expedição em 1503 a Marrocos para combater o “infiel”. D. Manuel I aproveitou igualmente esta viagem para circular pelo reino, tendo visitado várias localidades que nunca conhecera antes (entre as quais Ponte de Lima) e outras em que só estivera antes de ser rei. Tendo passado por Tomar e Coimbra, seguiu para Montemor-o-Velho, Aveiro e Porto. Continuando a sua romagem a Compostela, sabemos que esteve em Dume, também aí como peregrino e para recordar ou venerar os dois grandes prelados que foram S. Martinho e S. Frutuoso, encaminhando-se de lá, como se admite, para Ponte de Lima e Valença. Entrou na Galiza pela terra de Tui, tomando o caminho que ia direito à casa do Apóstolo
8 - Rei D. Luís I
“O Popular” (1872)
No dia 30 de junho de 1872, D. Luís I (D. Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Volfrando Saxe-Coburgo-Gotha 35 de Bragança e Bourbon) efetua uma visita a Ponte de Lima acompanhado do seu irmão, o infante D. Augusto, e membros do governo. A comitiva chegou a Ponte de Lima por volta das 10 horas da manhã, proveniente de Viana do Castelo. O largo da Alegria estava engalanado com dois obeliscos e coberto de bandeiras; a ponte estava cheia de bandeiras de uma extremidade à outra, com os mastros pintados de branco com uma fita azul, tendo no centro a bandeira nacional; no largo da Torre Velha estavam colocados dois serafins, tendo um na mão as armas e outro as chaves da vila; na entrada e saída da ponte estavam quatro meninas muito bem vestidas de branco, com belas grinaldas na cabeça, e sustinham nas mãos salvas de prata com flores, para lançar quando passasse Sua Majestade; à porta do paço mais duas meninas vestidas de igual forma, com flores em salva de prata. Duas bandas de música “de arraial” esperavam as visitas, uma de “Rebordello”, que estava no largo da Alegria, e a outra, a “Velha”, junto ao Paço. Um barco e dois “botes” estavam no rio Lima cheios de galhardetes e bandeiras de várias cores. Depois de recebidos no largo da Alegria e de terem atravessado a ponte, foram ouvir missa na Igreja Matriz. No final foram visitar o hospital e a Misericórdia, tendo sido recebido pelo provedor, padre António de Sousa Abreu Pereira. Depois de um passeio pelas ruas da vila, reuniram-se nos paços da Câmara Municipal e, por fim, em casa de João de Barros Mimoso. A comitiva real deixou Ponte de Lima por volta das 15 horas, em direção à cidade de Braga.
9 - Príncipe real D. Luís Filipe (1901)
No dia 8 de outubro de 1901, o príncipe real D. Luís Filipe (Luís Filipe Maria Carlos Amélio Fernando Victor Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Bento de Orleães-Bragança e Saxe-Coburgo-Gotha), com 14 anos, efetua uma visita a Ponte de Lima, acompanhado pelo seu aio Mouzinho de Albuquerque, para a inauguração da avenida D. Luís Filipe, rebatizada com a implantação da República como avenida 5 de outubro, mas popularmente conhecida entre os limianos por avenida dos plátanos. A avenida foi construída diretamente pela Câmara, com dinheiro emprestado pelo prestigiado comerciante João Soares Lima e com o esforço de inúmeras raparigas de 17 e 18 anos que durante um ano carregaram à cabeça toneladas de areia que foi enchendo o vasto local, depois de construído o muro de suporte com pedra da muralha que cercava a vila. Chegaram montados a cavalo, vieram pela estrada de Braga, desceram na Praça da Rainha, almoçaram no gabinete do Presidente da Câmara, Dr. Luís da Cunha Nogueira. Convidado para tratar do almoço, o pároco da Seara, reverendo João Araújo Lima, confecionou um delicioso coelho guisado que o príncipe apreciou e, diz-se, repetiu a dose três vezes. Descerrou o príncipe real uma placa com o seu nome, na presença das mais altas autoridades do distrito e milhares de pessoas, tendo antes entrado na Igreja Matriz para uma breve oração. Depois de dar nome à avenida, despediu-se da população e autoridades e, sempre acompanhado por Mouzinho de Albuquerque, partiu em direção a Viana, não sem antes fazer uma paragem no Solar de Bertiandos.
10 - Grupos participantes e colaboradores do Cortejo
Cada grupo vai-se fazer representar com a sua bandeira/logotipo/estandarte com o personagem trajado de forma que identifique e distinga a particularidade de cada grupo.
  • Art’ In Facha
  • Associação Cultural Unhas do Diabo
  • Associação de Jovens e Amigos de
  • Friastelas (AJAF)
  • Centro Equestre Vale do Lima
  • Duplaface Companhia das Artes
  • GACEL
  • GORILAS
  • Grupo de Teatro da Casa do Povo de
  • Freixo
  • Ilumiano
  • Instituto Limiano – Orfeão Limiano
  • Pequenos Atores do Lima

18h00 -

TOURADA
Expolima
Picadeiro Grande (Organização: 4you-Events)
Após o desfile do cortejo histórico, nada melhor que uma excelente corrida de touros, com cartel de Luxo
CAVALEIROS:
  • Filipe Gonçalves
  • J. Moura Caetano
  • Maria Pimenta
Forcados Amadores:
  • Ribatejo
  • Montijo
  • Acad. Coimbra
Toiros:
  • Santos Silva
Abrilhantada por elementos de Banda de Música

21h00 -

Festival Limiano de Folclore
Com grupos do concelho de Ponte de Lima
PALCO A – EXPOLIMA

- Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Ponte de Lima
- Grupo Etno-Folclórico de Refoios do Lima
- Grupo Danças e Cantares do Neiva de Sandiães
- Grupo de Danças e Cantares de Vitorino de Piães
- Rancho Folclórico das Lavradeiras de Gondufe
- Rancho Folclórico da Correlhã
- Grupo Folclórico de Santa Marta de Serdedelo
- Grupo Etnográfico Infantil e Juvenil da Casa do Povo de Freixo


PALCO B – RUA CARDEAL SARAIVA, JUNTO À IGREJA MATRIZ

- Rancho Folclórico Lusitanos S. Ciyr Lécole
- Rancho das Lavradeiras de São Martinho da Gandra
- Rusga Típica da Correlhã
- Rancho Folclórico de Santa Marinha de Anais
- Grupo Folclórico das Espadeladeiras de Rebordões Souto
- Grupo Folclórico de Calheiros
- Rancho Folclórico da Ribeira
- Grupo Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Poiares
- Grupo Cultural e Recreativo Danças e Cantares de Ponte de Lima



00h00* às 06h00

Music Fest: “Viva as Feiras Novas”
EXPOLIMA
* Música a partir das 00h00

00h30 -

Fogo de Artifício
“Fogo do Meio”
Centro Histórico
O fogo entre pontes. Das mais espetaculares sessões que passam no nosso país. A verdadeira sedução da arte pirotécnica. A magia e o sonho, a felicidade de se assistir a um grande espetáculo