Domingo
11 de Setembro
08h00 -
08h30 -
Largo de Camões
09h00 -
Largo de Camões (durante todo o dia e noite)
- Banda de Música de Melres (Gondomar)
- Banda de Música de Arcos de Valdevez
12h15 -
Largo de Camões
15h30 -
Imperador das Hespanhas
Após a derrota na Batalha de Zalaca contra os Almorávidas, que vieram em socorro dos reinos taifas, em 1086, Afonso VI solicitou ajuda militar a cavaleiros franceses, entre os quais se destacaram D. Raimundo e D. Henrique.
Como recompensa pelos serviços prestados, D. Afonso VI concedeu a D. Raimundo a sua filha legítima D. Urraca em casamento e doou-lhe o Condado da Galiza, que compreendia a Galiza e que se estendia para sul até ao rio Minho. Por sua vez, D. Henrique casou com D. Teresa, filha ilegítima do rei, e recebeu, em 1096, o Condado Portucalense, território delimitado pelos rios Minho (a norte), Douro (a oriente) e Mondego (a sul).
Esta rivalidade vai ser acentuada pelas desmedidas ambições de Diego Gelmírez, arcebispo de Compostela, que segue a estratégia de procurar aumentar o seu poder à custa da apropriação dos direitos metropolíticos de Braga, como antiga capital da província romana da Galécia. Os arcebispos contemporâneos de D. Teresa vão combater essas pretensões, nem sempre com sucesso, mas sempre com o apoio de D. Henrique e D. Teresa.
Por bula de 17 de fevereiro de 1120 o papa Calisto II transferiu para Compostela os direitos metropolíticos de Mérida, a antiga capital da província romana da Lusitânia, ainda em poder dos muçulmanos. Este privilégio assegurava-lhe a jurisdição sobre as dioceses portuguesas e leonesas a sul do Douro, nomeadamente Coimbra e Salamanca, acicatando ainda mais a rivalidade entre estas duas dioceses e os seus arcebispos.
D. Teresa recebe uma carta do papa Pascoal II, expedida a 18 de junho de 1116, e dirigida à “rainha Teresa”, um reconhecimento importante, que a partir daquele momento ela tomaria muito em consideração. Além disso D. Teresa tinha a consciência da superioridade do seu nascimento, que se considerava “rainha” e como tal se intitulou sempre desde 1117.
A aproximação entre D. Teresa e os Trava foi um facto na história do Condado Portucalense após a morte do Conde D. Henrique. Em janeiro de 1121 Fernão Peres de Trava já se encontrava na corte de D. Teresa, com quem tinha um relacionamento amoroso.
A partir de 1120, D. Afonso Henriques deixa de estar na dependência do seu aio e encontramos muitas vezes a sua subscrição nos documentos de D. Teresa. A partir de então passou a viver na corte, e a ocupar nela uma posição de destaque, pois algumas vezes é mencionado como outorgante de documentos juntamente com sua mãe ou confirma-os em posição superior à do conde Fernão Peres de Trava. Até 1127 não se pode apontar nenhum indício seguro de qualquer conflito entre ele a “rainha”.
Após o nascimento as crianças eram enfaixadas como forma de proporcionar conforto e segurança à criança e ajudar os recém-nascidos a abandonar a posição fetal com o fim de evitar o temido risco de poderem vir a rastejar ou a movimentar-se como animais. O crânio e o rosto recebiam cuidados especiais: o primeiro aconselhava o seu envolvimento numa forte lã cardada (também para proteção de doença dos ouvidos); para a face era utilizado um pano macio a colocar sobre os olhos, para os proteger da luz e das impurezas que geravam infeções. Por volta dos 7 anos os meninos abandonavam o vestido comprido usado na infância e passavam a trajar calças curtas e gibão, sendo-lhes proibido brincar com bonecas.
Na Idade Média o brinquedo mais representado na iconografia era a piorra (semelhante ao pião, cujo objetivo era fazer a base afunilada girar – difere apenas no modo de funcionamento), jogo seguido pelo cavalo-de-pau, o pião, bola e os moinhos de vento. Há registos de brinquedos preciosos, quase sempre feitos em ouro e prata, e oferecidos a crianças da realeza (ex: assobio de ouro, guarnecido de correntes e anéis e uma fita de seda azul). Para as meninas havia as bonecas feitas de sobras de trapo tal como há registos de miniaturas de louça doméstica. A prática da equitação e o manejo da montada desempenhava um papel preponderante no quotidiano dos rapazes.
As práticas das refeições nos grupos dominantes eram elaboradas e protocoladas. A ausência de garfos levava a que fosse necessário lavar as mãos antes e após cada refeição. Os servidores traziam à mesa “gomis” bem como grandes bacias sobre as quais se colocavam as mãos. Para limpar as mãos eram usadas pequenas toalhas. Desde a Idade Média que se usam à mesa toalhas e guardanapos. Para além de cobrir a mesa, a toalha servia para proceder à limpeza dos objetos no final da refeição. Cada prato bem como o vinho era precedido de um porteiro seguido por criados empunhando tochas. Os alimentos eram trazidos em terrinas ou bacias. As ementas parecem-nos estranhas: naquele tempo misturava-se o doce com o salgado. A garça assada e a cabeça de porco podiam aparecer na mesa ao mesmo tempo que uma tarte de natas, ovos, tâmaras e ameixas, extremamente doces. As pessoas mais ricas gostavam do tempero com especiarias. Nos castelos mais luxuosos, as refeições podiam ser totalmente acompanhadas de música.
Se aceitarmos a veracidade do lugar, teremos de admitir que a cerimónia se teria realizado com o acordo de D. Teresa e com o consentimento de Fernão Peres de Trava. Dir-se-ia que se tratava de assegurar os direitos de D. Afonso à sucessão. Seria esta cerimónia uma réplica à cerimónia efetuada um ano antes, em Santiago de Compostela, com a investidura de Afonso Raimundes como cavaleiro, promovida pelo arcebispo Diego Gelmírez, para garantir os seus direitos ao trono de Leão e Castela. Significava que D. Teresa continuava a reclamar uma parte da herança de seu pai, ou seja, o governo independente do reino da Galiza, na qual seria apoiada pela família dos Travas neste propósito.
No pergaminho D. Teresa tornava explícito não só o seu desejo de emenda espiritual como também a vontade de continuar a governar por um dos seus caminhos preferidos, a defesa do território. No caso específico de Ponte de Lima tal significava colocar uma barreira aos possíveis ataques que podiam vir do norte, em volta de um recinto fortificado na margem sul do rio.
Do ponto de vista político, a presença de Fernando no documento de 4 de março implicava a sua reintegração no corpo de governação do reino. Dado que na acta estava a confirmação do arcebispo de Braga, haveria que pensar que o prelado não teria colocado nenhuma objeção a esse respeito.
O foral regista também, entre outros, o nome de Sisnando Ramires, proprietário, juntamente com sua mulher Justesenda Soares, de um aglomerado urbano e rural, situado nos limites do concelho fundado por D. Teresa (Casal Vendredi ou Domez), hoje Feitosa. Este nobre é confirmante do foral de Ponte de Lima e aparece ainda como Tenens (Tenente - Governador) de Riba Lima.
Além da preocupação de defesa, que constituiu a fundação de Ponte de Lima, D. Teresa não descuidou outro aspeto fundamental da sua governação, como era o desenvolvimento económico das suas povoações, às quais se concediam benefícios e isenções para favorecer a permanência dos moradores e acrescentar a riqueza.
As feiras portuguesas constituíram-se num espaço de encontro de produtores, consumidores e distribuidores, realizando-se em datas e locais fixados. A sua importância económica é inquestionável, testemunhando-o a proteção dispensada às mesmas pelos sucessivos monarcas, que concediam privilégios, na vinda e na ida, aos mercadores que a elas concorressem, tal como está estabelecido no foral de Ponte de Lima.
Os concelhos eram compostos por vizinhos, homens livres, maiores de idade, que habitam a área concelhia há um certo tempo e nela trabalhavam ou eram proprietários.
A sociedade dos concelhos era composta por homens-bons (cavaleiros vilãos) e por peões. Os cavaleiros vilãos eram proprietários, lavradores e/ou mercadores que possuíam riqueza para combater a cavalo, constituíam uma pequena elite que ocupava os cargos administrativos; os peões eram os camponeses, artesãos e pequenos comerciantes.
A assembleia de homens-bons, designado de “concilium”, reunia periodicamente e elegia entre si os oficiais concelhios. Os mais importantes eram os Juízes, eleitos anualmente para administrar a justiça.
Como principais símbolos da autonomia os concelhos tinham o selo municipal, o pelourinho e bandeiras e certos emblemas. Como magistrados/funcionários destacaram-se os seguintes: juízes (supremos dirigentes do concelho); meirinhos: encarregados da execução fiscal e judicial; almotacés: vigilância dos mercados, de preços, de medidas, da sanidade e obras públicas; mordomos: administravam os bens concelhios; sesmeiros: responsáveis pela distribuição e vigilância das terras; procurador: tesoureiro; chanceler: guarda o selo e a bandeira do concelho.
Dado que o foral original não chegou até aos nossos dias, desconhecemos na íntegra a composição das magistraturas judiciais bem como a organização administrativa do concelho, pelo que apenas podemos, por comparação com outros forais da época, estabelecer algumas conjeturas.
18h00 -
Expolima
Picadeiro Grande (Organização: 4you-Events)
- Filipe Gonçalves
- Marcos Bastinhas
- Soraia Costa
- Forcados Amadores Académicos de Coimbra
- Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense
- Abrilhantada pela Banda de Música de Ponte de Lima
- Ganadaria Espanhola D. Luis Terrón
21h00 -
- Rusga Típica da Correlhã
- Grupo Folclórico de Calheiros
- Grupo das Espadeladeiras de Rebordões Souto
- Grupo Recreativo Danças e Cantares de Ponte de Lima
- Grupo Folclórico da Ribeira
- Rancho Folclórico de Santa Marinha de Anais
- Grupo Folclórico da Casa do Povo de Poiares
- Rancho das Lavradeiras de São Martinho da Gandra
- Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Ponte de Lima
- Grupo Folclórico de Santa Marta de Serdedelo
- Grupo Folclórico da Correlhã
- Grupo Folclórico de Gemieira
- Grupo Infantil Juvenil da casa do Povo de Freixo
- Rancho Folclórico das Lavradeiras de Gondufe
- Grupo Danças e Cantares do Neiva e Sandiães
- Grupo de Danças e Cantares de Vitorino de Piães
- Grupo Etno-Folclórico de Refoios do Lima
22h00* às 06h00
EXPOLIMA
00h30 -
“Fogo do Meio”
Centro Histórico